Antigamente não existiam as comemorações alusivas ao “Dia do Soldado” quando então, somente se enaltecia no país a figura do Gen Manuel Luis Osorio, que era o herói mais popular entre os oficiais-general da época. Apenas se comemorava o dia 24 de maio pelo êxito da Batalha de Tuiuti travada na Guerra do Paraguai em 1866. Essa data de 25 de maio era comemorada como o “Dia ou a Festa do Exército”.
Em 1922 como havia muitas divergências políticas no Exército o governo sentiu a necessidade de se criar um modelo ideal de Soldado, que unisse a todos e o historiador, Eugenio Vilhena de Morais, do Instituto histórico e Geográfico Brasileiro, sugeriu ao Comandante do 1º Exército (Rio Janeiro), Gen João de Deus Menna Barreto o nome de Caxias. O Aviso Ministerial nº 443, de 25 de agosto de 1923, assinado pelo Ministro da Guerra, o uruguaianense Fernando Setembrino de Carvalho determinou que, daquele ano em diante, sempre naquela data ocorreria “uma formatura da tropa do Exército, reunindo destacamentos da Marinha e da Brigada Policial” (existentes na época), em homenagem ao Duque de Caxias e, conforme a Port Min nº 366, também daquela data, foi instituído o “Dia do Soldado”, como homenagem a data de nascimento do Duque de Caxias em 25 de agosto (1803).
As legendas daqueles que preservam os valores cívicos da Nação Brasileira, como força motriz que impulsiona a humanidade conserva, em nossos soldados, o que de mais nobre legaram nossos antepassados, para a glória do patrimônio chamado PÁTRIA.
Soldado, miniatura de gigante que habita nosso país; que carrega no peito o tabernáculo da brasilidade; este pequeno templo onde arde a chama do patriotismo; esse esboço de herói que luta pela nossa grandeza, com uma resistência espartana, que faz do seu peito uma das pedras da muralha em defesa da nacionalidade. Este brasileiro chamado Soldado, este leão indômito que se põe em guarda contra qualquer ameaça à soberania de sua terra, é um lutador disposto a defender o nosso país e conquistar glórias para o altar da Pátria; a escrever páginas brilhantes para a história do povo e da nossa Nação Brasileira. Sua arma é a vestal do soldado, que se purifica na aflição para comungar no triunfo.
De um autor desconhecido que nos afirma: “Um dia usei farda, camuflagem, cantil e fuzil. Marchei em ordem unida. Prestei continência, corri em acelerado. Cantei o hino nacional, da bandeira e da Unidade. Tirei guarda, fiz faxina, puxei pernoites. Fiz corridinhas mixurucas que não davam nem pra cansar. Aprendi sobre honra, retidão, respeito e confiança e que armas não geram violência e flores não trazem a paz. E sim, as intenções das mãos que as carregam. Aprendi que devemos respeitar pai e mãe. Que a família é a base da educação. Hoje minha farda não é mais um camuflado. Algumas fotos já amareladas pelo tempo, me acertam o peito e fazem meus olhos jorrarem. Minha garganta sufocada por um nó de saudade, me lembra que a minha missão já foi cumprida. Que minhas batalhas já não são mais as mesmas. Do estampido do fuzil nunca me esqueço e ainda sinto o solavanco da chapa da soleira em meu peito. As noites na guarda, ainda estão nas lembranças e os amigos de companhia em meu coração. Não uso camuflagem, nem mato minha sede no cantil, nem presto mais continência e nem ordem unida. Mesmo assim, minha alma nunca deixará de ser um Soldado”.
A missão constitucional em defender a Pátria, garantindo a lei e a ordem, não nos cabe inteiramente ao soldado de uma instituição militar, mas por direito vocacional de cidadão brasileiro e, perfilando com nossos soldados, com “BRAÇO FORTE E MÃO AMIGA”, defendermos lado a lado, enfileirados, nossa Nação Brasileira.
ORAÇÃO DO SOLDADO
(Olavo Drummond)
(Olavo Drummond)
Senhor!
Depomos em tuas mãos o destino de nossa vocação. Pedimos que não nos falte, um instante sequer, para que jamais faltemos à nossa Pátria estremecida. Faça Senhor, com que a união sublime sempre a vida da caserna e que sejam a disciplina de uma convivência límpida e cristã.
Abençoa Senhor, os nossos lares para que neles, ao lado da alegria e do amor, residam a compreensão e a renúncia, balizas solidárias ao desempenho das missões a nós reservadas.
Abençoa Senhor, os corações guerreiros, fazendo deles os quartéis espirituais da inteligência e a fonte do amor ao próximo. Vele Senhor, pelos comandantes e pelos comandados, assegurando-lhes a serena energia para o fiel cumprimento de seus sagrados deveres. Faça Senhor, com que a coragem e o destemor sejam a luz de nossos trajetos, iluminando os nossos distintivos, entregue à suprema missão de assegurar a ordem interna e defender a soberania de nosso país.
Depomos em tuas mãos o destino de nossa vocação. Pedimos que não nos falte, um instante sequer, para que jamais faltemos à nossa Pátria estremecida. Faça Senhor, com que a união sublime sempre a vida da caserna e que sejam a disciplina de uma convivência límpida e cristã.
Abençoa Senhor, os nossos lares para que neles, ao lado da alegria e do amor, residam a compreensão e a renúncia, balizas solidárias ao desempenho das missões a nós reservadas.
Abençoa Senhor, os corações guerreiros, fazendo deles os quartéis espirituais da inteligência e a fonte do amor ao próximo. Vele Senhor, pelos comandantes e pelos comandados, assegurando-lhes a serena energia para o fiel cumprimento de seus sagrados deveres. Faça Senhor, com que a coragem e o destemor sejam a luz de nossos trajetos, iluminando os nossos distintivos, entregue à suprema missão de assegurar a ordem interna e defender a soberania de nosso país.
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